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Gestão integrada de segurança, saúde e bem-estar: Cabeça de bacalhau

Definimos internamente em nossa consultoria a Gestão Integrada como “um caminho claro para ações efetivas de promoção da segurança e da saúde, além da prevenção de doenças e acidentes, visando o bem-estar físico e psicossocial dos trabalhadores, a continuidade operacional e o aumento da produtividade”.


Nem sempre este objetivo é claro a toda a organização. Ainda trabalhamos em “caixas” e, em alguns casos, em verdadeiros “silos”. As informações existem, estão organizadas e são consistentes, porém estão “soltas” na empresa. Difícil de vê-las integradas: como cabeça de bacalhau. Integrar significa “reunir partes ou elementos e combiná-los em um todo”. Sem a integração, esforços são duplicados desnecessariamente e enormes lacunas são criadas, mantidas e ampliadas.


Vivemos transformações no ambiente de trabalho. Evoluímos muito nas questões de segurança e saúde no trabalho, entretanto passamos por uma profunda transição em três grandes áreas: epidemiológica, populacional e tecnológica. A segurança, a saúde e o bem-estar nas organizações necessitam ficar atentas.


A transição epidemiológica transformou as Doenças Crônicas Não transmissíveis, como o diabetes, a hipertensão e o câncer nas principais causas de morte. Encontrar nas empresas trabalhadores com múltiplos fatores de risco para estas doenças é extremamente comum. Com impactos atuais e futuros nos custos com a saúde como veremos a seguir. O que mais adoece e morre os trabalhadores de sua organização? Câncer e doenças cardiovasculares ou acidentes e doenças profissionais?


A transição demográfica fará, em curto prazo, do Brasil um país com uma grande população de idosos devido as melhorias nas condições de vida, a redução das taxas de fecundidade e a redução das taxas de mortalidade associada a maior expectativa de vida. Como está sendo preparado o ambiente físico e organizacional do de trabalho para atendimento a esta população? E o periódico? Aumentarão os custos com saúde?


Por fim, a transição tecnológica, principalmente na área da saúde onde novos procedimentos e medicamentos surgem a cada dia. Evoluímos, infelizmente para uma produção e consumo acrítico de novas tecnologias médicas, a mudança do caráter educativo das ações em saúde para caráter tecnológico. Cada vez mais High Tech e Low Touch!


Ainda temos como principais causas de afastamentos previdenciários os acidentes seguidos das doenças osteomusculares. O que chama atenção é a terceira causa: transtornos mentais e comportamentais. Ações para prevenção e mitigação dos fatores de riscos psicossociais merecerão especial atenção das empresas, governo e sociedade.


Outro ponto importante é o custo exorbitante, continuamente crescente e cada vez mais insustentável da sinistralidade nas empresas. O custo direto com consultas, exames, cirurgias, medicamentos e internações tem aumento acima da inflação. Esta conta não fechará sem ações consistentes das empresas. Este não é um problema isolado da área de benefícios, e sim, de todas as áreas da empresa, da liderança ao “chão de fábrica”.


Por fim os enormes custos diretos e indiretos do absenteísmo e do presenteísmo. Este último ainda pouco diagnosticado, avaliado e conduzidos nas empresas. Os impactos na redução da produtividade, engajamento, qualidade dos produtos e serviços, satisfação do cliente e imagem corporativa deverão ser foco de atenção.


Não há outro caminho que não seja o investimento planejado e efetivo na promoção da segurança, da saúde e do bem-estar, além da prevenção de doenças e acidentes. Poucas organizações empresariais estão atentas a investem aqui. A preocupação existe, a ação não. As empresas precisam estar preparadas para estes cenários/contextos.


Invista em bem-estar!

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