Automedicação
- Dr. Eduardo Arantes
- 23 de jul. de 2020
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A falta de controle do estado, a mídia e até mesmo um eventual vínculo entre médicos e a indústria farmacêutica podem estar por traz da medicalização descontrolada.
A culpa da automedicação, geralmente é da mãe, conforme mostrou o estudo “Automedicação em Crianças e Adolescentes” realizado pela Universidade de Campinas. As mães são as principais compradoras de medicamentos sem receita médica (cerca de 51%), seguidas pelos funcionários da farmácia (com 20%) e a utilização de prescrição médica antiga (15%). Os pais são ausentes até aqui, com 8% das indicações. As doenças que mais motivam a automedicação, mostradas neste estudo foram: febre, resfriado, gripe, congestão nasal, dor de cabeça, diarréia, má digestão ou cólica.
Outra pesquisa feita pelo Instituto QualiBest que entrevistou 2080 pessoas traçou um perfil da automedicação no Brasil. O hábito é cultivado por 58% da população e na maioria dos casos para gripe, dores e problemas intestinais. Um detalhe da pesquisa: quanto mais alta a classe social, mais difundida é a automedicação.
Em 2016, pela 4º vez na história, a Assembleia Geral da ONU que reúne líderes de todos os países integrantes da organização, incluiu nas suas discussões o tema saúde. Motivo: a ameaça das superbactérias. O tema saúde tinha sido tema apenas na epidemia de Aids, pelo crescimento das doenças cardiovasculares e o terror provocado pelo Ebola. O uso indiscriminado de antibióticos é a principal causa desta ameaça.
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